sexta-feira, 6 de maio de 2011

Os aparelhos ortodônticos e as estruturas do cérebro

Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP mostrou a relação entre os ajustes realizados nos aparelhos ortodônticos e as estruturas cerebrais.
Quando o aparelho é apertado pelo cirurgião-dentista, as estruturas nociceptivas - que captam os sinais de dor - são ativadas mais intensamente. Nos dias que se seguem ao aperto no aparelho, quando a força imposta no ajuste se prolonga, há um aumento gradual da participação de estruturas antinociceptivas, ou seja, aquelas que filtram a dor.
Segundo os pesquisadores, o estudo pode contribuir para estabelecer qual é o momento ideal para a aplicação de analgésicos e no futuro, será possível saber se eles são necessários e quando administrá-los.
Para entender como ocorre o processamento sensorial no cérebro em função da força aplicada, foram colocados aparelhos ortodônticos em ratos e simulada a movimentação feita em humanos. "Quanto maior a movimentação, mais neurônios eram ativados", relatam as professoras Maria José Alves da Rocha e Maria Bernadete Sasso Stuani, pesquisadoras envolvidas no estudo. Esse processo foi realizado de tempo em tempo, de forma a simular os períodos em que o aparelho de um paciente é movimentado.
Para detectar quais neurônios foram ativados nesse processo, foi utilizada uma técnica que possibilita, após o sacrifício dos roedores, a identificação de uma proteína presente no cérebro do animal que marca onde ocorreu a ativação neural. Verificou-se que várias áreas relacionadas à dor estavam ativadas. Não se sabe, no entanto, se existe alguma relação entre o número de neurônios ativados e determinada movimentação do osso.

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